Outro dia, olhando pela janela do meu escritório, percebi algo que me deixou inquieto. Não era a paisagem lá fora, nem o movimento da rua. Era aquele sentimento incômodo que mora no território entre o que poderia ser e o que simplesmente não será.
O cronômetro das decisões.
Sim, esse objeto invisível que todos carregamos, mas poucos conseguem ver. Ele está sempre ligado, sempre contando. Cada segundo, cada momento em que hesitamos, em que adiamos aquela conversa difícil, aquela mudança necessária, aquela decisão que teima em ficar guardada no fundo da gaveta.
Lembro-me de um amigo empreendedor. Quantas vezes o vi paralisado diante de escolhas que poderiam transformar completamente seu negócio? Ele observava, analisava, mas nunca avançava. Era como um jogador de xadrez que passa horas estudando o tabuleiro, mas nunca move uma peça.
O cronômetro não para. Nunca.
Cada decisão adiada é como uma conta que se acumula juros de paralisia. Não são juros financeiros, são juros de oportunidade. Aquele funcionário que precisava ser realocado, aquele projeto que pedia uma reformulação, aquela estratégia que gritava por uma atualização.
E o tempo? O tempo ri. Ri silenciosamente, enquanto desenha rugas de preocupação no rosto dos que hesitam.
Já percebi que decisão não tomada tem gosto de ferrugem. Corrói por dentro, devagar, mas com uma persistência impressionante. É como uma infiltração que você conhece, mas prefere fingir que não existe. Até que um dia... bom, até que um dia não há mais o que fazer além de consertar os estragos.
Quantas vezes nos escondemos atrás de desculpas elegantes? "Vou avaliar melhor", "Preciso de mais dados", "Não é o momento ideal". São véus delicados que vestimos para esconder o medo. O medo de errar, o medo de mudar, o medo de ser responsável pela própria transformação.
O cronômetro continua. Implacável.
Não há botão de pausa na vida de quem empreende. Não há controle remoto para congelar o momento da decisão. Há apenas o agora. Um eterno agora que se renova a cada respiração, a cada escolha.
Decidi, neste momento, olhar pela janela e sorrir para o cronômetro invisível. Ele pode continuar contando, mas já não me assusta mais. Porque decisão tardia é melhor que nenhuma decisão. E movimento, mesmo que imperfeito, sempre será melhor que a paralisação perfeita.
*E você? Qual o status do seu cronômetro?*
Quer aprofundar essa jornada de Transformação? E descobrir mais sobre os pilares do comportamento empreendedor?
Deixe seu Like, se gostou compartilhe com amigos e deixe sua duvida ou curiosidade.
Política de Privacidade
Nosso compromisso é respeitar sua privacidade. Todas as informações coletadas são utilizadas exclusivamente para melhorar a experiência do cliente em nossa página, seguindo todas as normas de proteção de dados. Nenhum dado é compartilhado sem o consentimento do usuário.
Aviso Legal
Este conteúdo tem finalidade educacional e informativa, não se constituindo como consultoria personalizada. Para uma avaliação específica das necessidades do seu negócio, consulte um especialista em varejo
Comments